Do jornalista Luís Pellegrini*
Na Grécia Antiga, cuja cultura deu origem a quase tudo que somos ou pretendemos ser em termos de seres pensantes, a morte sempre foi entendida e acatada como sinal de mutação, de mudança de ciclo pessoal, social ou histórico. Percebida – da mesma forma que o nascimento - como fenômeno natural inerente à própria dinâmica da existência, ela nunca foi vista como "fim", mas sim como ponte necessária para se alcançar um recomeço. Portanto, como um "meio". E para os gregos,inventores da filosofia ocidental, os meios sempre foram muito mais importantes do que os fins.
Como bem sabem os homens e mulheres sábios, sejam gregos antigos ou de qualquer outro tempo, não há renascimento sem morte que o anteceda, seja ela real ou simbólica. Uma morte é sempre sinal de que um ciclo novo tem de acontecer, e toca a todos que a testemunham agir para que o ciclo novo aconteça.

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