Lembro de minha vó escutando as serestas de Zezé Marcolino e o programa de Nelson Gonçalves apresentado pelo professor José Inácio. Também, acordava cedo e ouvia as toadas de Iran Pessoa.
Meu avô, alvirrubro, sempre acompanhou os jogos do seu time pelo rádio. Não lembro de tê-lo visto algum dia ir aos Aflitos. Porém, mais que alvirrubro, ele é setembrino. No Gigante do Agreste ou no rádio, sempre buscou informações do alviverde.
Dizia - "Menino, liga o rádio pra ouvir a resenha!".
Durante muitos anos a Ronda Policial foi a fonte de informação de todo o Agreste Meridional. Dá saudade do padrinho Aluísio.
Programas de auditório! Naquele teatro pouco utilizado pela neo-Rádio Jornal.
É Rádio Jornal, mas o povo gosta mesmo é de chamar de Difusora. Aquela que tinha um indiozinho lá em cima e que não mexia com ninguém, mas parecia dizer silenciosamente, -"estou aqui, como uma marca de todos os tempos deste rádio, de quem utilizou os microfones e de quem ouviu".
Minha vó também não vive mais, assim como a Difusora. Mas trago ela dentro de mim, nas doces recordações.
Assim também é a Rádio Jornal, que só pode comemorar 60 anos porque conta também a era da Difusora.
Esta Rádio mudou a história de Garanhuns e região, é a mais antiga do interior do estado, e ainda hoje faz história. Nomes como Aldo Vilela e Aroldo Costa, ícones da radiofonia pernambucana, começaram aqui.
Tenho amigos na Rádio Jornal, inclusive os que não usam o microfone mas que têm uma importância plural no funcionamento da instituição.
Quero parabenizar os 63 anos da Rádio Jornal através dos seus milhares de ouvintes, que escutam todos os dias. E na voz inconfundível do Roberto Sampaio, parabenizo todos os que fazem a Rádio do Povo

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